A série “Vikings,” transmitida pela emissora Story, conquistou muitos fãs ao contar a história do lendário Ragnar Lothbrok, seus filhos e aliados. No entanto, enquanto a trama cativa, é importante lembrar que a ficção muitas vezes se afasta da realidade histórica. Neste texto, vamos explorar algumas das diferenças entre a série e o que realmente aconteceu na época dos vikings.
Ficção Versus Realidade na Série
Ao ser produzida para o History Channel, um canal com histórico de credibilidade, muitos espectadores esperavam que “Vikings” fosse fiel à história. Vamos examinar onde a série se manteve precisa e onde se afastou da realidade.
A Ausência de Capacete com Chifres
Uma das representações mais famosas dos vikings é a dos guerreiros usando capacetes com chifres. No entanto, isso é um mito perpetuado pela cultura popular. Os vikings não usavam esses capacetes.
Contrariando um estereótipo popular, não há evidências históricas de que os vikings usavam capacetes com chifres. Essa imagem icônica de capacetes adornados com chifres é mais uma criação artística e literária do que uma representação precisa da cultura viking.
A ideia dos capacetes com chifres provavelmente surgiu no século XIX, quando artistas e escritores românticos buscavam retratar os vikings de forma mais dramática e exótica. Essa representação acabou se popularizando, mas não tem base na realidade histórica.
Os vikings, assim como outros povos germânicos da época, usavam capacetes de metal simples, sem chifres ou outros adornos extravagantes. Esses capacetes eram projetados para proteger a cabeça em batalha, proporcionando uma cobertura eficaz.
Portanto, é importante lembrar que a imagem dos vikings usando capacetes com chifres é mais um mito perpetuado pela cultura popular do que uma representação precisa da história viking.
A Verdade sobre Ragnar e Rolo
A série retrata Ragnar e Rolo como irmãos, lutando lado a lado em várias ocasiões. No entanto, a verdade histórica difere da narrativa do programa. Eles não eram irmãos. Talvez foram colocados na série como irmãos para juntar duas belas histórias em apenas uma, já que eles viveram em tempos diferentes, apesar do fim de vida de um ser o início do outro.
Ragnar e Rolo são figuras históricas reais, embora tenham sido romanticizados na série.
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Ragnar Lothbrok e Rollo são dois personagens históricos que desempenharam papéis significativos na Era Viking, mas é importante separar a realidade histórica das representações fictícias em séries e obras de ficção.
Ragnar Lothbrok é um personagem lendário, mencionado em várias sagas nórdicas e fontes históricas posteriores. No entanto, é difícil separar os fatos da mitologia em torno de Ragnar. Algumas fontes sugerem que ele pode ter sido uma figura histórica baseada em um ou mais líderes vikings reais, enquanto outras o consideram puramente uma criação lendária.
Rollo, por sua vez, foi um líder viking que se tornou o primeiro Duque da Normandia. Ele é historicamente conhecido como Rollo da Normandia ou Rollon em fontes nórdicas. Rollo liderou ataques vikings na França no século IX e eventualmente negociou um acordo com o rei franco Carlos, o Simples. Como parte do acordo, Rollo recebeu terras na região da Normandia e se converteu ao cristianismo.
Embora as representações desses personagens em séries como “Vikings” possam ter elementos de ficção e dramatização, elas ajudaram a popularizar a história viking e despertar o interesse por esse período fascinante. É sempre importante buscar informações adicionais em fontes confiáveis para obter uma compreensão mais precisa da história real desses personagens.
A Descoberta da Inglaterra na Série
A Mística “Inglaterra dos Vikings” não foi descoberta pelos Vikings!
A série faz parecer que os vikings descobriram a Inglaterra como uma terra misteriosa. No entanto, a realidade é bem diferente, com os escandinavos já tendo conexões comerciais na região.
Na série “Vikings”, há uma representação fictícia da descoberta da Inglaterra pelos vikings. Na trama, o personagem principal, Ragnar Lothbrok, lidera expedições vikings para além do mar e eventualmente alcança a costa da Inglaterra.
Embora a série seja baseada em eventos históricos e personagens reais, é importante ressaltar que a descoberta da Inglaterra pelos vikings não foi um evento singular atribuído a um único líder. Os vikings, ao longo de várias décadas, realizaram uma série de incursões e colonizações na Inglaterra.
As primeiras incursões vikings registradas na Inglaterra ocorreram no final do século VIII, e as invasões em grande escala começaram no século IX. Os vikings estabeleceram assentamentos em diferentes partes da Inglaterra, incluindo áreas como Northumbria, East Anglia e Wessex.
Embora a série possa ter tomado liberdades criativas para fins dramáticos, ela contribuiu para despertar o interesse pelo período viking e pela história da descoberta da Inglaterra pelos nórdicos. Para obter informações mais precisas sobre esses eventos históricos, é recomendável buscar fontes confiáveis e acadêmicas.
Os Trajes dos Vikings na Série
A Mitologia dos Capacetes é algo intenso na história dos Vikings pois os capacetes com chifres são um ícone cultural associado aos vikings, mas na série eles estão sem capacetes. E deveriam usar se a série optasse pela fidedignidade histórica.
Quanto à Veracidade das Vestimentas, o vestuário dos vikings na vida real era bem diferente, visto que a realidade inclue os materiais de tecido folgado com cores em contraste com as roupas de couro retratadas na série.
Desvendando os Penteados Viking
As Representações no Seriado dos penteados elaborados dos personagens da série são impressionantes, mas será que eram precisos?
Na série Vikings, os penteados são estilizados para criar uma imagem forte e visualmente impactante dos personagens. Muitos personagens masculinos usam cabelos longos e barbas desgrenhadas, refletindo o estilo de vida áspero e aventureiro dos guerreiros vikings. As mulheres também exibem penteados elaborados, com tranças intricadas e acessórios de cabelo, que adicionam um toque de feminilidade e elegância.
Na vida real retratada pela história, os penteados dos vikings eram mais simples e práticos. Os homens geralmente mantinham o cabelo curto ou na altura dos ombros, pois isso facilitava durante as batalhas e evitava que os cabelos atrapalhassem. As mulheres também usavam tranças, mas de forma mais simples e funcional, para manter o cabelo fora do rosto durante as atividades diárias.
Portanto, a diferença entre os penteados na série Vikings e na vida real é que na série eles são mais estilizados e dramáticos, enquanto na vida real eles eram mais simples e práticos.
O Papel das Mulheres Viking na Série
A série destaca mulheres vikings como guerreiras corajosas. Em geral, a série Vikings busca destacar o papel das mulheres vikings como figuras poderosas e respeitadas em sua sociedade, retratadas como fortes, corajosas e inteligentes, desafiando os estereótipos tradicionais de gênero da época.
As mulheres vikings na série são guerreiras habilidosas, participando de batalhas ao lado dos homens e mostrando sua destreza em combate. Elas também têm voz ativa nas decisões políticas e estratégicas da comunidade viking, influenciando o destino de seu povo.
Além disso, as mulheres vikings na série são mostradas como líderes, governantes e sábias conselheiras. Elas possuem uma autonomia significativa em suas vidas e são capazes de tomar suas próprias decisões, mesmo em um ambiente dominado por homens.
A posição das mulheres na sociedade viking era complexa e variada, com algumas desfrutando de mais liberdade e influência do que outras.
Nos textos encontrados sobre a mitologia nórdica, há referências a guerreiras que são retratadas como deusas com poderes divinos. Essas guerreiras, muitas vezes associadas às valquírias, são figuras poderosas e sagradas na mitologia nórdica.
As valquírias são descritas como donzelas guerreiras que servem Odin, o deus principal da mitologia nórdica. Elas têm a tarefa de escolher os guerreiros mortos dignos de irem para Valhalla, o salão dos heróis, onde esses guerreiros se preparam para lutar ao lado dos deuses na batalha final.
As valquírias são representadas como habilidosas e destemidas no campo de batalha. Elas montam em cavalos alados e empunham armas afiadas, liderando os guerreiros vikings na batalha e decidindo quem viverá ou morrerá.
Odin, por sua vez, é retratado como o rei dos deuses nórdicos. Ele é conhecido como o deus da guerra, sabedoria e poesia. Odin é frequentemente retratado como um guerreiro sábio e astuto, que busca conhecimento através de sacrifícios pessoais e faz alianças com outras divindades para garantir a vitória na batalha final do Ragnarök.
Então, nos textos encontrados sobre a mitologia nórdica, há menções a guerreiras divinas com poderes, especialmente as valquírias associadas a Odin. Essas figuras desempenham papéis importantes tanto no campo de batalha quanto no destino dos guerreiros vikings.
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