Você sabe o que é uma teoria da conspiração? O mundo está cheio delas. Uma teoria da conspiração nada mais é que uma crença não comprovada de que um grupo de pessoas está conspirando secretamente para realizar algum tipo de ação ilícita ou prejudicial.
Sim, uma ideia é caracterizada como uma teoria da conspiração quando se baseia em suposições não comprovadas e alega que um grupo de pessoas está secretamente conspirando para realizar ações ilícitas ou prejudiciais, geralmente sem evidências sólidas para sustentá-la.
Já ouviu falar em uma suposta cidade perdida e soterrada dentro da Amazônia?
Vamos saber mais sobre o assunto e o porquê que é considerada uma teoria da conspiração?
Ratanabá, a Cidade Soterrada na Floresta Amazônica
Ratanabá é uma suposta cidade perdida na floresta amazônica. A história de Ratanabá começou a circular nas redes sociais em 2022, após uma série de imagens serem postadas que mostravam o que pareciam linhas retas e formas geométricas na floresta. Essas imagens foram rapidamente compartilhadas e amplificadas por teóricos da conspiração, que afirmaram que elas eram evidências de uma civilização há muito perdida.
No entanto, não há evidências científicas para apoiar a existência de Ratanabá. As linhas e formas na floresta são mais prováveis de serem formações naturais, como resultado da erosão ou do crescimento de árvores. Não houve descobertas arqueológicas que sugerissem que uma cidade já existiu nessa área.
Segundo publicação no site portalamazonia, A história de Ratanabá, na Amazônia brasileira, é sobre a existência de uma cidade futurista e escondida que guarda a suposta “capital do mundo”, relacionada às origens da humanidade. Ainda, de acordo com a teoria, existe uma rota de túneis subterrâneos que se estenderiam por toda a América do Sul e se ligariam à cidade futurista, supostamente a mais desenvolvida e rica como jamais visto. Essa “Capital do Mundo” teria existido há 450 milhões de anos e hoje estaria enterrada no Estado do Mato Grosso, na Amazônia brasileira. A teoria especifica que uma das entradas destes túneis estaria escondida dentro do Forte Príncipe da Beira, localizado no município de Costa Marques, em Rondônia. A cidade de Ratanabá seria um Império, fundado pela civilização Muril, supostamente a primeira civilização da Terra que a habitou cerca de 600 milhões de anos atrás. Esses povos seriam responsáveis por construírem o caminho de Peabiru que ligaria a cidade perdida. Ela estaria escondida atualmente entre três pirâmides na região entre o Amazonas, Pará e Mato Grosso. Os túneis que interligam pontos da América do Sul, supostamente não estariam apenas ligando partes da região, mas sim do mundo inteiro, onde grandes líderes realizam encontros para discutir sobre o destino da riqueza que a Amazônia estaria também supostamente escondendo.
Por que Ratanabá é Considerada uma Ideia dos Teóricos da Conspiração?
Muitos Teóricos da conspiração alegam que o motivo de a floresta Amazônica ser tão protegida e fechada é por conta dos seus muitos segredos, por causa dessa suposta cidade lá soterrada. Esses tais Teóricos ainda falam que todos os moradores podem ser encontrados lá, bastante trabalhos de arqueólogos terem preferência e abrirem o cerco.
Particularmente, eu entendo que muitas pessoas possam ter teorias da conspiração sobre a Amazônia e suas verdadeiras histórias. No entanto, é importante lembrar que essas teorias não têm base em fatos comprovados ou evidências concretas. Sim, não possuem base nenhuma!
A proteção e preocupação com a Amazônia é que ela é uma região rica em biodiversidade e recursos naturais, e é também um lar para muitas comunidades indígenas que dependem dela para sua sobrevivência. O governo e outras autoridades trabalham para proteger a região e suas comunidades, garantindo recursos sejam utilizados de forma sustentável e responsável. A floresta Amazônica é uma área rara e importantíssima para todo o mundo, não somente para o Brasil, ela, a floresta Amazônica, é importante para todo mundo por diversas razões. Ela é a maior floresta tropical do mundo, responsável pela regulação do clima global, sendo chamada de “pulmão do mundo”. Além disso, a Amazônia é rica em biodiversidade e recursos naturais, fornecendo água limpa, ar puro e alimentos para milhões de pessoas em todo o mundo. A preservação da Amazônia é fundamental para a sustentabilidade do planeta e para a garantia de um futuro saudável para todos nós.
Mas é até compreensível que as pessoas possam ter dúvidas ou preocupações sobre a Amazônia, especialmente considerando sua importância global. No entanto, é importante buscar informações confiáveis e baseadas em fatos comprovados em vez de se deixar levar por teorias da conspiração infundadas.
Algumas teorias da conspiração foram muito além e diziam que a descoberta ajudava a explicar “o verdadeiro interesse de dezenas de homens poderosos na Amazônia” e até o desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira.
Ratanabá Foi Construída por Seres Extraterrestres
A teoria da conspiração de que Ratanabá foi construída por extraterrestres afirma que a cidade perdida foi construída por uma civilização alienígena.
Urandir Fernandes de Oliveira
Urandir Fernandes de Oliveira, mais conhecido como Urandir Fernandes, é um ufólogo brasileiro apontado por muitos de ter sido a pessoa que deu início a toda essa teoria da conspiração. Ele dirigente da organização Dakila Pesquisas. Ele é conhecido por suas alegações sobre a existência de uma cidade perdida chamada Ratanabá, na Amazônia.
Aqui entra toda aquela “história” onde um local importante é evidenciado por seu cerco e proteção realizada por “grandes líderes mundiais”. Urandir fala que esses locais na Amazônia está sob disputa judicial, mas eles são locais com histórico de extraterrestres.
Urandir Fernandes afirma ter visitado Ratanabá em várias ocasiões, e que a cidade é habitada por uma civilização avançada de seres extraterrestres. Ele também afirma que Ratanabá é a origem da humanidade, e que os humanos foram criados pelos extraterrestres. As alegações de Urandir Fernandes sobre Ratanabá são controversas, e não há evidências científicas que as apoiem. No entanto, suas alegações são populares entre alguns ufólogos e entusiastas de OVNIs. Em 2022, Urandir Fernandes lançou um documentário chamado "Ratanabá: A Cidade Perdida da Amazônia", que conta sua história sobre a cidade perdida. O documentário foi lançado na Netflix e recebeu críticas positivas de alguns espectadores. No entanto, o documentário também foi criticado por outros espectadores, que afirmam que ele não apresenta evidências científicas que sustentem as alegações de Urandir Fernandes. As alegações de Urandir Fernandes sobre Ratanabá continuam a ser controversas, e não há consenso científico sobre a existência da cidade perdida. No entanto, as alegações de Urandir Fernandes são populares entre alguns ufólogos e entusiastas de OVNIs, e o documentário "Ratanabá: A Cidade Perdida da Amazônia" ajudou a aumentar o interesse na cidade perdida.
Isah Pavão
Isah Pavão é uma autora brasileira que escreveu um livro autopublicado chamado “Ratanabá: A Cidade Perdida da Amazônia”. O livro conta a história de uma cidade perdida que está localizada na Amazônia brasileira. Isah Pavão afirma que a cidade foi construída por uma civilização avançada de seres extraterrestres, e que a cidade é habitada por uma população de humanos e extraterrestres.
Isah Pavão afirma ter visitado a cidade perdida em várias ocasiões, e que ela é uma cidade real. No entanto, suas alegações não foram confirmadas pela comunidade científica, e a existência da cidade perdida continua a ser uma teoria da conspiração. Isah Pavão é uma autora popular entre alguns ufólogos e entusiastas de OVNIs. Ela é conhecida por suas palestras e entrevistas sobre a cidade perdida, e ela também é autora de outros livros sobre o tema. Em 2022, Pavão lançou um documentário chamado "Ratanabá: A Cidade Perdida da Amazônia", que conta sua história sobre a cidade perdida. O documentário foi lançado na Netflix e recebeu críticas positivas de alguns espectadores. No entanto, o documentário também foi criticado por outros espectadores, que afirmam que ele não apresenta evidências científicas que sustentem as alegações de Pavão. As alegações de Pavão sobre Ratanabá continuam a ser controversas, e não há consenso científico sobre a existência da cidade perdida. No entanto, as alegações de Pavão são populares entre alguns ufólogos e entusiastas de OVNIs, e o documentário "Ratanabá: A Cidade Perdida da Amazônia" ajudou a aumentar o interesse na cidade perdida.
Contestando a Suposta Existência de Ratanabá
A história de Ratanabá é um lembrete do poder das redes sociais para espalhar informações falsas. Neste caso, algumas imagens sem contexto foram suficientes para convencer muitas pessoas de que uma cidade perdida havia sido encontrada. É importante ser crítico com as informações que encontramos online e confiar apenas em fontes confiáveis.
Abaixo, listo algumas poucas contratações sobre a ideia da existência da cidade perdida chamada de Ratanabá
- As imagens das linhas retas e formas geométricas são muitas vezes borradas e inconclusivas.
- Não há evidências de atividade humana na área, como cerâmica, ferramentas ou outros artefatos.
- A área é conhecida por suas formações naturais, como a Serra dos Parecis, que são conhecidas por suas linhas retas e formas geométricas.
- A história de Ratanabá foi divulgada por pessoas com histórico de promoção de teorias da conspiração.
- Em alguns textos, está escrito que a civilização teria existido ali há 350, 450 ou até 600 milhões de anos. Segundo o Arqueólogo Eduardo Góes Neves, isso não tem sentido algum, pois para ter ideia, nem os dinossauros existiam há 350 milhões de anos. Nossos ancestrais mais antigos viveram há mais ou menos 6 milhões de anos. Mas a nossa espécie mesmo, o Homo sapiens sapiens, surgiu há 350 mil anos na África
- A segunda informação completamente errada sobre Ratanabá tem a ver com o suposto tamanho da cidade. Algumas postagens dizem que ela seria maior que a Grande São Paulo. Segundo Neves, “Para ter ideia, no século 16, as cidades mais populosas do mundo provavelmente eram Istambul, na Turquia, e Tenochtitlán, no México. E elas tinham 50 mil, no máximo 200 mil habitantes”, calcula o professor da USP. Ainda não temos uma estimativa exata de quantas pessoas viviam nessas cidades da Amazônia, mas certamente elas não tinham o tamanho de São Paulo.
Túneis e Linhas Retas na Amazônia
Outro argumento sobre Ratanabá tem a ver com túneis encontrados na região amazônica ou com imagens aéreas, que mostram linhas retas e quadrados perfeitos, visíveis entre as copas das árvores. Neves esclarece que realmente existem túneis na Amazônia. “As imagens divulgadas provavelmente vêm da região do Forte Príncipe da Beira, em Rondônia, que era um posto colonial português.”
Quanto as linhas retas, pelas poucas imagens disponíveis, Neves acredita que elas sejam de uma região próxima da fronteira entre os Estados do Mato Grosso, Pará e Amazonas. Ele diz que essas formações são conhecidas há muito tempo e realmente parecem linhas perpendiculares, e que é uma coisa incomum. Ele pensa que as principais suspeitas são de que seja uma formação natural de calcário ou algum tipo de rocha que segue esse padrão e que improvável que aquilo seja de autoria humana. Mas, caso realmente tenha sido feito pelos povos locais, essas construções não devem ter mais do que 2,5 mil anos.
Conclusão
Embora seja possível que Ratanabá exista, não há evidências para apoiar sua existência até o momento. As alegações sobre Ratanabá devem ser tratadas com ceticismo até que haja mais evidências científicas para apoiá-las.